Pelo menos dois deputados estaduais defenderam, nesta quinta, a adoção da pena de morte, do plenário da Assembleia Legislativa, para autores de crimes graves e reincidentes. Um deles, o deputado Bartô (Novo) fez a defesa ao relatar o caso de um idoso de 87 anos, com mal de Parkinson, que teria tido sua casa, em Montes Claros, invadida por um homem, que o teria espancado, estuprado e assassinado. Ele afirmou que ainda estamos à mercê de casos como esse e que por isso, ele defende a pena de morte. De acordo com o deputado, o autor do crime já havia feito o mesmo com outro idoso. Como ele, o deputado Cleitinho Azevedo (Cidadania) aderiu à tese: Cleitinho disse que em alguns casos, ele acha que tem que ter pena de morte, ou no mínimo, a prisão perpétua. Em sua intervenção, o deputado João Leite (PSDB) defendeu que “assassinos como esse, que provavelmente teria distúrbios mentais, fossem colocados em manicômios”. A legislação brasileira não admite a pena de morte. Um estudo realizado com 67 pesquisadores norte-americanos, especialistas na temática da pena de morte, e publicado pelo Jornal de Lei Criminal e Criminologia da Universidade de Northwestern, em Chicago, mostra que, para 88,2% deles, a pena de morte não tem qualquer impacto sobre os níveis de criminalidade. Para eles, não existem quaisquer dados ou estudos provando a relação entre a pena de morte e a diminuição da criminalidade.